A advogada Flávia Fróes apresenta uma queixa-crime contra a defesa de Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel. A defensora teria sido contratada pelo pai do ex-vereador Jairinho, Coronel Jairo, para conduzir uma investigação particular sobre o caso.
No documento, Flávia acusa os advogados de Monique de calúnia por terem apresentado uma petição em que afirmam que ela ameaçou a mãe do menino dentro da prisão.
A visita aconteceu no dia 7 de janeiro. De acordo com Monique, a advogada teria pedido que ela assinasse um documento assumindo a culpa pela morte do filho e ameaçado transferir a detenta da penitenciária caso não aceitasse.
Após o episódio, segundo a defesa, Monique foi transferida de unidade e um outro advogado ainda teria tentado enviar recados a ela por meio de outra detenta.
Flávia Froes, no entanto, diz que esteve no presídio apenas para colher informações sobre o histórico de saúde de Henry e nenhum documento foi entregue à acusada, já que o vidro do parlatório impede que isso seja feito sem a ajuda de agentes penitenciários.
Ela também considera fantasioso imaginar que ela tenha ido até ao presídio buscar a assinatura de um documento para inocentar Jairinho, já que ambos seriam inocentes.
A advogada pede a condenação de Thiago Minagé e Hugo Novais, que representam Monique, para reparação de possíveis danos morais e materiais causados, como explica o advogado de Flávia, Cláudio Dalledone.
A defesa da mãe de Henry não quis comentar as acusações. Na semana passada, os advogados pediram a conversão da prisão preventiva dela em domiciliar. Nesta terça-feira (18), a juíza Elizabeth Machado Louro solicitou que o Ministério Público se manifeste sobre o assunto.
Monique Medeiros e o ex-vereador Jairinho são réus pela morte do menino de 4 anos, em março de 2021. O interrogatório está marcado para o dia 9 de fevereiro.