Apenas nos quatro primeiros meses de 2022, a Defensoria Pública já registrou mais atendimentos de pedidos por creches do que em todo ano de 2021. A informação faz parte de um levantamento realizado pelo órgão. Segundo a pesquisa, entre janeiro e abril, a instituição recebeu mais de 1.500 demandas referentes à falta de vagas.
O relatório também apontou que a procura pelas creches é maior na Zona Oeste da capital fluminense, que concentra mais da metade das solicitações recebidas. Ainda segundo o levantamento, 60,7% dos fluminenses que buscam atendimento são negros.
O coordenador de Infância e Juventude da Defensoria, Rodrigo Azambuja, também destaca que a maioria das pessoas que solicitam esse tipo de atendimento é de mulheres.
No próximo dia 11, o Supremo Tribunal Federal vota se é dever do Estado garantir creche e pré-escola para crianças de até 6 anos. Para Rodrigo Azambuja, a votação pode alterar as vidas de muitas pessoas.
Essa não foi a primeira vez que a Defensoria Pública faz esse tipo de levantamento. Nos anos de 2018 e 2019, foram realizados mutirões nos núcleos de primeiro atendimento de Jacarepaguá, Santa Cruz, Campo Grande e no Menezes Cortês para atender à demanda por vagas em creches e pré-escolas.