A Defensoria Pública do Rio aponta contradições no termo de prisão em flagrante de um jovem de 22 anos no Meier, na Zona Norte do Rio. Daverson Vitor Duarte de Almeida foi detido por policias militares e está sob custódia no Hospital Municipal Salgado Filho, na mesma região, onde está internado em estado grave. 

O ouvidor da Defensoria Guilherme Pimentel afirma que consta que no termo de prisão que o acusado conscientemente teria optado por não prestar depoimento. No entanto, ele está em coma na unidade de saúde. 

Segundo a família de Daverson, antes da prisão, no dia 23 de dezembro, ele havia saído de casa para comprar presentes de Natal. 

Em nota, a PM disse que realizava um patrulhamento de rotina quando viu um homem trafegando sem capacete em uma motocicleta sem placa. De acordo com os policiais, houve uma tentativa de abordagem e o homem tentou sacar uma arma que estava na bolsa que carregava. Segundo a corporação, ele perdeu o controle da motocicleta e caiu no chão. 

No entanto, segundo o defensor, Guilherme Pimentel, a moto citada pela Polícia não foi apreendida ou apresentada na delegacia.

A Defensoria Pública também vai solicitar à Polícia imagens de câmeras de segurança já que a mãe de Daverson disse que o jovem foi abordado, próximo ao Hospital Marcílio Dias.

Em relação aos questionamentos da família, a Polícia Militar disse que os canais da corregedoria e da ouvidoria da PM estão disponíveis para a formalização de denúncias.

Sobre as contradições apontadas pela Defensoria Pública no termo de prisão em flagrante, a Polícia Militar foi questionada, mas não respondeu.