Das 104 estações que compõem os ramais da SuperVia, apenas 23 possuem acessibilidade e 21 possuem banheiro. As informações foram divulgadas durante a sexta reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito da Assembleia Legislativa do Rio que investiga problemas no serviço de trens da Região Metropolitana.
O encontro desta segunda-feira (18) contou com a participação do Secretário Estadual de Transportes. André Luiz Nahass relatou que a pasta realizou uma fiscalização na linha ferroviária. Segundo ele, diversos problemas foram encontrados.
Presidente da CPI, a deputada estadual Lucinha exibiu vídeos que demonstraram o mau estado de dormentes, a falta de poda, de limpeza, de acessibilidade e de banheiros. De acordo com a parlamentar, o Secretário Estadual de Transportes deixou em aberto a possibilidade de romper o contrato de concessão com a SuperVia.
Para o relator da comissão, o deputado Waldeck Carneiro, há uma total omissão do Poder Público.
Presente na reunião, o presidente da SuperVia, Antonio Carlos Sanches lembrou que a concessionária assinou em janeiro um Termo de Ajuste de Conduta com o Ministério Público do Rio no qual a empresa se compromete a tornar todas as estações acessíveis. O documento prevê que em no máximo 14 anos, as mudanças já atendam 70% dos usuários. Segundo Sanches, em 2023 já serão acessíveis as estações de Belford Roxo, Duque de Caxias e de Madureira.
Durante o encontro, a presidente da CPI, a deputada Lucinha, informou que o colegiado vai realizar uma inspeção ao longo da malha ferroviária.