Curitiba vôlei toma providências Legais após denúncia de ofensas racistas

O clube pediu a abertura de inquérito policial sobre a denúncia de que três atletas do Tijuca Tênis Clube foram chamadas de 'macacas' por torcedores durante a partida entre as equipes na capital paranaense

Por Daniel Henrique

Três jogadoras de vôlei denunciam caso de racismo em jogo da Superliga B
Instagram/Mikaela Hestmann

O Curitiba Vôlei afirma que pediu a abertura de um inquérito policial sobre a denúncia de que três atletas de vôlei do Tijuca Tênis Clube foram chamadas de macacas por torcedores durante a partida entre as equipes na capital paranaense, na última sexta-feira (26).

Em nota publicada nesta terça-feira (30), o clube repudiou e informou que levou todo material do duelo, incluindo gravações de vídeo e áudio, para a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos de Curitiba.

Na segunda-feira (29), a Confederação Brasileira de Voleibol iniciou o envio de informações e documentos da partida para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Além disso, a entidade informou representantes da entidade iriam ao Tijuca Tênis Clube para ouvir atletas e dirigentes, a fim de reunir mais informações sobre o caso.

As atletas Camilly Ornellas, Dani Suco e Thaís Oliveira afirmaram que receberam xingamentos de cunho racial durante a partida.

A jogadora Fabiana Claudino, atleta negra bicampeã olímpica pela Seleção Brasileira, cobra providências e pede união entre os atletas.

"Não dá para aceitar mais. Não dá para admitir porque se não isso não vai parar, isso vai continuar. Então, não tenta duvidar quando a pessoa chegar e falar que tá sofrendo um crime, porque racismo é crime. Sabe o que aconteceu até agora? Nada. Cadê o respeito ao atleta? Não dá mais para ouvir 'ah, mas é torcedor, a gente não tem controle', então começa a ter esse controle. A gente precisa se proteger, a gente precisa estar unido, porque isso aí não dá mais. Alguma coisa precisa ser feita, porque, se não, isso aí não vai parar."

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