Criminoso custodiado que ganhou parabéns de policiais responde por vários crimes

Jean Arruda da Silva e outros 14 suspeitos foram presos na sexta-feira (8) durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal na Avenida Brasil

Por Pedro Dobal

Os dois policiais militares que aparecem no vídeo já foram identificados
Reprodução

A Polícia Militar afasta os dois sargentos que se filmaram cantando parabéns para um miliciano dentro do hospital onde ele estava custodiado. A medida ocorre enquanto a Corregedoria da PM conduz o procedimento administrativo disciplinar que pode levar à expulsão dos agentes da corporação. Os dois já foram ouvidos. O prazo para conclusão do procedimento é de 30 dias.  

Jean Arruda da Silva e outros 14 suspeitos foram presos na quinta-feira (7) durante uma abordagem policial na Avenida Brasil, no trecho de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. O grupo faz parte da milícia chefiada por Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, preso desde dezembro.  

A comemoração, com direito a bolo e refrigerante, ocorreu no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na mesma região. Um dos agentes chega a pedir para Jean também bater palmas, enquanto o aniversariante está algemado e com a mão enfaixada.

O comandante da Polícia Militar, Luiz Henrique Pires, classifica o caso como inaceitável e afirma que os agentes ainda podem ser responsabilizados criminalmente pela conduta.

Na gravação, ainda é possível ver outros dois milicianos baleados na ação de quinta-feira (7) sorrindo durante o parabéns: Wallace Oliveira Balbino e Driel Azevedo de Araújo, considerado um dos homens de confiança de Zinho e de Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, que desponta como um dos novos chefes da organização após a prisão de Zinho.

No domingo (10), os outros 12 presos passaram por audiência de custódia e tiveram as prisões em flagrante convertidas em preventivas. Os suspeitos respondem por integrar milícia, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, formação de quadrilha e associação criminosa.

O grupo era monitorado há dois meses e ia ajudar comparsas na comunidade da Carobinha, também em Campo Grande, que vem sendo alvo de tentativas de invasão de traficantes.

Em nota, a Polícia Militar também afirmou que não compactua com eventuais desvios de conduta ou crimes praticados por integrantes da corporação e que, em casos de irregularidades, pune com rigor os envolvidos.

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