O criminoso André do Rap, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), que atua principalmente no Estado de São Paulo, vira réu por lavagem de dinheiro.
Para a Promotoria de Justiça de Investigação Penal de Angra dos Reis, André Oliveira Macedo lavou R$ 2 milhões e 500 mil na compra de um imóvel no município do Sul Fluminense, em 2018, quando colocou o bem em nome de uma mulher identificada como Valdenora Brito de Jesus. Ela também virou ré no processo judicial.
As investigações, que começaram em 2020, apontam que mais de 250 depósitos foram feitos em menos de 1 mês em 2018 por pessoa não identificada, mas em nome de André, em favor do vendedor do imóvel. Antes dos depósitos, um pagamento de pelo menos R$ 1 milhão e 350 mil foi realizado à vista e em dinheiro.
Em 2019, André do Rap foi preso também em Angra dos Reis. Ele estava foragido desde 2014 e começou a ser monitorado novamente após comprar uma lancha avaliada em mais de R$ 6 milhões. O acusado também foi apontado como responsável pela exportação de cocaína do Porto de Santos para a Calábria, na Itália.
No entanto, um ano depois o então ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello decidiu pela soltura do traficante. Depois, o presidente da Corte na ocasião, Luiz Fux, cassou a decisão, mas André do Rap já havia deixado a cadeia. O criminoso nunca mais foi encontrado. O nome dele chegou a ser incluído na lista da Interpol.
A BandNews FM tenta contato com a defesa do réu.