Criança de 11 anos baleada em Duque de Caxias pode ter a perna amputada

Caio Menezes Santos da Rocha está internado no Hospital Adão Pereira Nunes

Por Pedro Dobal

Ele teve uma fratura exposta e passou por uma cirurgia de quase quatro horas
Reprodução

O menino de 11 anos que foi baleado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pode ter a perna amputada. Caio Menezes Santos da Rocha está internado no Hospital Adão Pereira Nunes, na mesma região, com quadro de saúde estável. 
 
Ele teve uma fratura exposta e passou por uma cirurgia de quase quatro horas. A equipe médica deve reavaliar o caso nos próximos dias e decidir se vai ser preciso amputar a perna ou não. 
 
O menino foi atingido no fim da tarde de quinta-feira (21), no bairro Parque Eldorado. Familiares contaram que o menino estava em um campinho de futebol jogando bola quando policiais militares saíram atirando de uma área de mata. 
 
O pai de Caio, Luciano Santos da Rocha, afirma que ele tentava correr para casa quando foi atingido. 

O irmão de Caio, que prefere não se identificar, conta que o menino gosta muito de jogar bola e tem o sonho de ser goleiro. Ele também lembra que havia diversas crianças no local quando os disparos começaram. 
 
Moradores do bairro relatam os momentos de tensão e pedem paz na região. 
 
Em nota, a Polícia Militar disse que policiais entraram em confronto com suspeitos que estavam em um veículo. Além do menino que foi baleado, um homem apontado como traficante também foi atingido e morreu no hospital. Duas armas, munição e drogas foram apreendidas. 
 
Horas depois, um protesto interditou parcialmente a Rodovia Washington Luiz, que liga o Rio de Janeiro a Petrópolis. Um ônibus chegou a ser atravessado na pista e objetos foram incendiados. 
 
A Polícia Civil afirma que os policiais militares envolvidos na ação foram ouvidos e as armas apreendidas para a perícia. Os agentes tentam confirmar a origem do disparo que atingiu o garoto. 
 
Segundo o Instituto Fogo Cruzado, 20 crianças foram baleadas na Região Metropolitana do Rio apenas neste ano, sendo que três delas morreram. 

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