Às vésperas do Rock In Rio golpistas fazem vítimas na Internet que estão em busca de ingressos para o festival. Os criminosos tentam passar confiança para o comprador, compartilhando dados e informações sobre os bilhetes para que a transferência bancária seja feita antes da transferência das entradas. Foi o que aconteceu com a vendedora Quézia Menezes.
Ela afirma que recebeu vídeos do suposto vendedor mostrando a documentação e transferindo os ingressos, mas na pressa acabou fazendo o Pix de R$ 457,00 antes que os bilhetes chegassem em sua conta. Pouco tempo depois a pessoa que negociava com ela sumiu.
Outra vítima foi a auxiliar administrativa Amanda Tannure. Ela conta que quase perdeu todo o dinheiro do ingresso, mas desconfiada que poderia ser uma armação só chegou a transferir R$ 100,00.
As duas mulheres estão entre as milhares de vítimas de estelionato este ano no Rio. Dados do Instituto de Segurança Pública divulgados nesta semana revelam que o número de golpes financeiros aplicados no estado entre janeiro e julho dobraram na comparação com o mesmo período em 2021.
Nos últimos sete meses foram registrados mais de 72 mil e 400 casos de estelionato, enquanto nos sete primeiros meses do ano passado foram quase 35 mil.
O acumulado de 2022 já supera até mesmo os dados consolidados de todos os anos completos desde a criação da série histórica, em 2003. Antes, o maior número verificado havia sido de 71.145 casos ao longo de todo o ano passado.
Só no último mês o aumento de casos de estelionato foi de quase 85% se comparado a julho de 2021. Foram mais de 10 mil e 500 notificações contra pouco menos de 5700 no ano passado.