Corpo de vendedor de balas morto por PM é enterrado em Niterói

Crime aconteceu na tarde desta segunda-feira (15), em frente à estação Arariboia das Barcas

Gabriela Morgado e Pedro Dobal

Policial foi preso e vai responder por homicídio doloso qualificado por motivo fútil
Reprodução/Redes Sociais

 O corpo do vendedor de balas que foi morto por um policial militar de folga é enterrado na tarde desta terça-feira (15), no Cemitério do Maruí, em Niterói, na Região Metropolitana.

O crime aconteceu na tarde desta segunda-feira (15), em frente à estação Arariboia das Barcas.

Segundo a família, Hyago Macedo de Oliveira Bastos, de 21 anos, estava trabalhando com o enteado de 14 anos quando houve uma discussão com um pedestre que teria recusado os doces. A família diz que, neste momento, o policial interveio, empurrou o vendedor e disparou contra ele à queima-roupa.

A Polícia Militar afirma que o agente, identificado como Carlos Baldez Junior, teria impedido uma tentativa de roubo e que Hyago foi morto após investir contra a integridade do PM.

O policial foi preso e vai responder por homicídio doloso qualificado por motivo fútil. Ele e a suposta vítima da tentativa de roubo prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí.

A Polícia Civil afirma que também ouviu testemunhas e vai analisar imagens de câmeras de segurança para esclarecer as circunstâncias da morte.

De acordo com a família, Hyago já teve passagem pela polícia quando era adolescente, mas estava trabalhando no momento do crime. Segundo a Secretaria Municipal de Direitos Humanos de Niterói, nenhuma arma foi encontrada com ele.

Na tarde desta terça-feira (15), amigos e familiares fizeram um novo protesto no local do crime. Cartazes pediam por justiça e condenavam a atitude do policial. Uma cruz com o nome de Hyago foi pintada em frente à bilheteria da estação, onde ele foi baleado.

No dia da morte, manifestantes tentaram fechar a Avenida Visconde do Rio Branco, uma das principais vias do Centro de Niterói. A Prefeitura apura se houve excesso na conduta de guardas municipais, que chegaram a lançar gás de pimenta na direção de uma criança. Os agentes envolvidos foram afastados das ruas até o fim das investigações.

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