Consórcios de ônibus municipais deixam de ganhar R$2,3 mi

Redução acontece por falta de climatização na frota; os que mais tiveram desconto no pagamento foram Internorte, Transcarioca, Intersul e Santa Cruz

Por Mariana Albuquerque

Consórcios de ônibus municipais deixam de ganhar R$2,3 mi
Divulgação

Os consórcios de ônibus que circulam na cidade do Rio deixaram de receber 2 milhões e 300 mil reais por causa da falta de climatização na frota. O período de fiscalização corresponde à segunda quinzena de janeiro. Os que mais tiveram desconto no pagamento foram Internorte, Transcarioca, Intersul e Santa Cruz.  

A Prefeitura do Rio fez o pagamento do subsídio tarifário por quilômetro rodado aos quatro consórcios, nesta quinta-feira (24). Em dezembro, o prefeito Eduardo Paes já havia alertado que, a frota que não ligasse o ar, não receberia subsídio completo.

Em decorrência das 1.700 multas aplicadas, os consórcios que estavam com ar inoperante tiveram desconto de 835 mil reais em subsídios, enquanto, os que nem sequer tinham ar instalado, perderam 1 milhão e 500 mil reais. Esses últimos receberam apenas R$1,97 por quilômetro, em vez de R$2,82.

Também houve desconto pelo não cumprimento da quilometragem planejada pela Secretaria Municipal de Transportes. Essa irregularidade foi responsável por 70% dos descontos.

Apesar disso, a Prefeitura do Rio considera que houve melhora no sistema rodoviário do município, com a retomada de linhas que desapareceram durante a pandemia e com o aumento de veículos com ar-condicionado operante.  

No entanto, passageiros que estavam na Cidade Nova, em frente à passarela do Metrô, afirmam que a situação ainda era de veículos sem ar funcionando e até mesmo sem ar instalado.  

A reclamação não era apenas da falta de ar funcionando, mas da precariedade das frotas. Uma passageira que preferiu não ser identificada machucou o pé em um ferro que estava exposto no chão do coletivo, em frente ao banco do passageiro, da linha 777, que faz o trajeto entre Madureira e Jardim América.  

A Secretaria Municipal de Transportes disse que ainda não tem como saber a quantidade de frotas climatizadas que atualmente circulam no Rio de Janeiro, porque tem apenas os fiscais como forma de monitoramento.  

Entretanto, a secretária da pasta, Maína Celidónio, disse que espera conseguir esse número total a partir do dia 31 de julho. Segundo ela, haverá fiscalização de 100% da frota com a instalação de sensores, que vão permitir saber as condições da climatização nos ônibus.

No total, os consórcios receberam 23 milhões e 300 mil reais de subsídios, correspondentes às fiscalizações até a segunda quinzena de janeiro.  

Em 19 de maio do ano passado, Prefeitura do Rio, consórcios de ônibus e Ministério Público Estadual fizeram uma acordo judicial para o pagamento de subsídio ao sistema e a regularização do serviço de ônibus na cidade. Com isso, de acordo com a Secretaria de Transportes, foi possivel retomar 65 linhas na cidade e aumentar a frota em circulação.

Sobre a passageira que machucou o pé, a Rio Ônibus foi procurada, mas ainda não respondeu.

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