O Conselho de Ética da Câmara Municipal do Rio vai se reunir nesta quinta-feira para analisar as alegações finais do vereador Gabriel Monteiro. Os sete integrantes do conselho vão decidir se o caso vai ao plenário ou se será arquivado. Se o caso for ao plenário a previsão é de que isso aconteça na próxima terça-feira (16). A punição é deliberada em votação aberta, com direito a fala dos parlamentares e da defesa durante a sessão, decidida por dois terços dos 51 vereadores, que são 34 votos, em caso de cassação ou maioria absoluta em caso de suspensão.
A defesa do parlamentar afirma que as acusações contra o político não são suficientes para o seguimento do processo de acusação e que as atitudes de Gabriel Monteiro enobrecem a Câmara Municipal.
O influencer e youtuber é acusado de quebra de decoro parlamentar por assédio moral e sexual contra ex-assessores, por gravar vídeos de sexo com uma menor de idade e por expor pessoas em situação de vulnerabilidade na internet.
O parlamentar também pede que um novo documento seja feito pelo vereador Chico Alencar, relator do processo que apresentou parecer pedindo a cassação do mandado de Gabriel Monteiro, e que todas as acusações sejam arquivadas pela Câmara.
Quanto às acusações sobre a gravação de ato sexual com uma menor de idade, a defesa do parlamentar continuou alegando que Gabriel Monteiro acreditava que a adolescente tinha entre 18 e 19 anos. Em relação ao vídeo de uma criança em um shopping, a defesa de Monteiro disse que a mãe da menor já afirmou que a criança não foi exposta a constrangimento.
O Conselho de Ética também analisa um vídeo em que Gabriel estaria supostamente passando a mão nos seios de uma menina, em um salão de beleza durante tratamento contra piolho. Outra gravação mostra o vereador convidando uma menina que vendia bala para almoçar no shopping e orientando a garota a agradecê-lo.
Também constam no processo imagens do vereador fazendo sexo com uma menina que é menor de idade e de uma cena forjada de furto na Lapa.
Monteiro já foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por duas dessas acusações. Ele nega que tenha cometido os crimes.
*Estagiário sob supervisão de Christiano Pinho