Petroleiros começaram, nesta sexta-feira (24), assembleias para votar uma possível greve da categoria. Eles são contra a retomada do processo de privatização, a continuidade do processo de venda de ativos e contra a continuidade de gerentes alinhados com o governo anterior, que ainda permanecem na Petrobras, contrariando o projeto eleito nas urnas.
As assembleias vão até o dia 7 de abril. Enquanto isso, a Federação Única dos Petroleiros e seus sindicatos fazem pequenas paralisações no início do expediente nas bases, onde eles fazem manifestações chamando a categoria para votar, e isso atrasa um pouco a entrada. No Estado do Rio, isso acontece na Reduc, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e no Farol, em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense.
No dia 1º de março, o Ministério de Minas e Energia (MME) enviou um ofício à Petrobras solicitando a suspensão, por 90 dias, da venda de ativos da petroleira para análise e reavaliação das negociações em curso. Apesar disso, o o Conselho de Administração (CA) ainda não se manifestou sobre essa solicitação do Governo Federal.
Na última quarta-feira (23), a Petrobras publicou uma nota divulgando os novos nomes da diretoria da empresa, os quais foram submetidos aos procedimentos internos de governança corporativa, incluindo a apreciação do Comitê de Pessoas e deliberação do Conselho de Administração (CA), que também aprovou o mandato de dois anos a Jean Paul Prates, presidente da companhia. A nova diretoria toma posse no dia 29 de março.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirma que está acompanhando essa nova gestão e espera que o Conselho de Administração suspenda, na próxima reunião, a venda dos projetos que já tiveram pré-contrato assinado, respeitando o ofício do Ministério de Minas e Energia.