A criação de um plano de manejo do Parque Natural Municipal Bosque da Barra, na Zona Oeste do Rio, é uma das solicitações da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Rio. A medida foi proposta nesta segunda-feira (25) durante uma audiência pública que abordou o rebaixamento do lençol freático do local e o impacto na vida dos animais silvestres.
No encontro, o colegiado também solicitou o monitoramento do subsolo e das condições da água do local.
Em outubro, a BandNews FM denunciou que o maior logo do parque estava seco. O episódio é alvo de investigação do Ministério Público, que solicitou respostas à Iguá, concessionária responsável pelas obras na estação de tratamento de esgoto do bairro. Segundo o Instituto Estadual do Ambiente, a reforma que causou o rebaixamento do lençol freático não foi autorizada.
O presidente do grupo, o deputado Jorge Felippe Neto aponta que é necessário continuar as investigações para identificar os responsáveis.
Imagens aéreas feitas nesta segunda-feira mostram que o volume de água no lago aumentou. O biólogo Mario Moscatelli aponta que as chuvas contribuíram para o aumento de água, mas explica que não é possível afirmar que a quantidade é suficiente.
Dezenas de animais foram afetados pelo rebaixamento freático. Segundo a gestão do Parque, jacarés jovens tiveram que se deslocar pela trilha do Bosque em busca de água.
A Iguá diz que vai responder a todos os questionamentos ao Ministério Público nos prazos determinados e que segue cooperando e atendendo aos pleitos dos órgãos ambientais e fiscalizadores.
De acordo com a Comissão de Defesa do Meio Ambiente, o grupo vai seguir acompanhando o episódio e cobrando para que as medidas definidas na audiência sejam colocadas em prática.
No encontro, o colegiado também solicitou o monitoramento do subsolo e das condições da água do local
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