Comando Vermelho tem prejuizo de R$ 15 milhões após operação, diz Polícia

Cerca de mil agentes atuaram no Complexo da Maré e na Vila Cruzeiro, na Zona Norte, e na Cidade de Deus, na Zona Oeste

Por Pedro Dobal

Parte do material apreendido durante a ação
Divulgação/Governo do Estado

A Polícia Civil afirma que a operação conjunta com a Polícia Militar realizada em comunidades do Rio nesta segunda-feira (9) deu um prejuízo de R$ 15 milhões ao Comando Vermelho. Cerca de mil agentes atuaram no Complexo da Maré e na Vila Cruzeiro, na Zona Norte, e na Cidade de Deus, na Zona Oeste. Nove suspeitos foram presos, sendo três em flagrante. Apenas seis dos 100 mandados de prisão foram cumpridos pelos policiais.

Ouvintes da BandNews FM relataram tiroteios desde as primeiras horas da manhã. Dois helicópteros da Polícia Civil e da Polícia Militar foram atingidos pelos criminosos na Vila Cruzeiro e precisaram fazer pousos de segurança. Um policial civil ficou ferido sem gravidade.

Segundo o secretário de Polícia Militar, Luiz Henrique Pires, a comunidade foi a que teve os confrontos mais intensos.

Mais de 20 mil estudantes de 64 escolas municipais ficaram sem aulas presenciais, segundo a Secretaria Municipal de Educação. Na Maré, quatro Clínicas da Família e um Centro Municipal de Saúde suspenderam o funcionamento.

Os policiais encontraram dois laboratórios usados para produção de drogas e explosivos no Parque União e na Vila Cruzeiro, totalizando meia tonelada de maconha e 100 quilos de pasta base de cocaína. Ainda foram apreendidos 17 veículos, um fuzil, carregadores e radiocomunicadores.

O secretário de Polícia Civil, José Renato Torres, considera a operação bem-sucedida, já que nenhum morador ficou ferido.

Uma grande operação na Maré tinha sido anunciada na semana passada e contaria com o apoio da Força Nacional, mas o envio dos agentes foi adiado após questionamentos do Ministério Público Federal sobre os protocolos que seriam adotados, como o uso de câmeras nas fardas. Após a identificação de que chefes do tráfico fugiram da região, a ação precisou ser expandida para outras comunidades. 

Ao todo, 10 blindados e quatro helicópteros participaram da operação. Seis drones também foram utilizados, entre eles dois com tecnologia para reconhecimento facial e de placas. 

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária, a busca por celulares foi intensificada em Bangu 3 e Bangu 4 após a informação de que a cúpula da facção teria feito uma videoconferência de dentro dos presídios.

A ação contou, ainda, com a participação de equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar e da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil, grupos de elite das duas corporações.

A PM afirma que todos os agentes que atuaram no Complexo da Maré usaram câmeras nos uniformes.

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