Após o Governo do Estado determinar que Rodoviária do Rio apresente um plano de segurança para o terminal da Zona Portuária, a Coderte, responsável pela administração do espaço, realiza reuniões para discutir o assunto.
Na terça-feira (12), um homem armado embarcou em um ônibus e fez 16 reféns. O episodio levantou o debate sobre a falta de detectores de metal na Rodoviária.
Uma lei de 1997 obriga as estações rodoviárias de transporte interestadual a instalarem detectores de metais nos terminais de embarque e desembarque. No entanto, a legislação nunca foi regulamentada pelo poder executivo. Logo, a divisão das atribuições, como a responsabilidade do manuseio dos equipamentos, nunca ficou clara.
O professor de direito constitucional Lucas laupman explica como a falta de regulamentação impacta na legislação.
O terminal chegou a ter detectores de metal na década de 90. No entanto, em um documento enviado ao Ministério Público na época, a Rodoviária alegava que não podia operar os equipamentos. Já a PM dizia que não tinha efetivo para a função. Já o MP destacava que era preciso uma norma mais clara.
A Rodoviária alega que sempre foi favorável ao uso dos equipamentos e que só interrompeu a operações porque na época não ode contar com a parceria da polícia militar que ficou estabelecida na época.
Para Ubiratan Angelo, ex- comandante da pm e analista de segurança, a Rodoviária tem capacidade para intervir na melhoria da segurança.
De acordo com o governador do Rio, Cláudio Castro, a segurança interna da Rodoviária é uma obrigação contratual. Ainda segundo ele, foram colocados recursos à disposição do terminal, caso seja necessário.