O Governador do Rio, Cláudio Castro, defende que a indústria de armamento controle e fiscalize o destino dos produtos, para evitar que caiam nas mãos de criminosos.
A declaração aconteceu nesta terça-feira (1) durante a cerimônia de abertura da LAAD Defense & Security, maior feira de segurança e defesa da América Latina, sediada na cidade do Rio neste ano.
Castro defende o debate sobre o papel do setor na sociedade.
É muito fundamental que a indústria entenda o seu papel na sociedade. Papel do controle, do monitoramento, de saber quem está comprando, de se preocupar para onde esses armamentos estão indo. Porque esses armamentos, nas mãos erradas, provocam a insegurança que atinge, inclusive, as nossas próprias famílias, que geram medo de sair de casa. É muito relevante que essa feira esteja no Rio de Janeiro e que a gente possa conscientizar também a indústria do seu papel na sociedade.
Segundo o governador, dos 732 fuzis apreendidos no estado em 2024, nem 2% foram produzidos no Brasil. Castro comenta sobre a importância da fiscalização das fronteiras para coibir o tráfico de armas.
90% (dos fuzis apreendidos) em 2024 foram produzidos nos Estados Unidos e trazidos por Paraguai, Colômbia e Chile. E aí vem a área de defesa nacional, que é fundamental para defender as nossas fronteiras e essas armas não chegarem pelo tráfico internacional de armas no Rio, em São Paulo, no nosso Brasil todo. O giro da balança comercial também deveria devotar um tempo a poder entender para onde o produto do nosso suor tá indo. Se ele não tá caindo nas mãos erradas.
O governador ainda comentou que espera que o resultado do julgamento da chamada ADPF das Favelas no Supremo Tribunal Federal, previsto para acontecer ainda nesta semana, termine com uma decisão equilibrada e melhor do que a que vigora atualmente.