Cláudio Castro confirma maior transição de dinheiro da saúde para Nova Iguaçu e Duque de Caxias

O governador justifica atitude é uma estratégia para desafogar o sistema público na capital fluminense

Por Gabriela Morgado

Governador Cláudio Castro enfrenta novas denúncias de corrupção
Reprodução/Redes Sociais

O governador do Rio afirma que a maior transferência de dinheiro para Duque de Caxias e Nova Iguaçu na área da saúde é uma estratégia para desafogar o sistema público na capital fluminense.

Na semana passada, a BandNews revelou que as duas cidades da Baixada Fluminense concentraram os maiores repasses do Fundo Estadual de Saúde nos últimos meses. Enquanto isso, Rio de Janeiro e São Gonçalo, que têm populações maiores, receberam valores menores.

Em agenda nesta quarta-feira (25), Cláudio Castro afirmou que a cidade do Rio conta com mais infraestrutura no sistema de saúde e recebe, inclusive, pacientes de outros municípios. Por isso, segundo ele, é preciso investir em locais mais vulneráveis, que, futuramente, podem desafogar o sistema de saúde da capital.

Ainda segundo Castro, grande parte do sistema de saúde na capital é bancado pelo Estado, investimento que não é feito por meio das transferências entre fundos. Ele disse ainda que as denúncias das Prefeituras em relação à falta de repasses são medidas eleitoreiras.

Apesar de ser a terceira cidade mais populosa do estado, Duque de Caxias tem 7 vezes menos habitantes do que o Rio de Janeiro. Nova Iguaçu, na mesma região, tem a quarta maior população.

Os repasses do Fundo Estadual de Saúde levam em conta a população e o nível de vulnerabilidade social de cada município. Frente às denúncias, o Ministério Público e a Defensoria do Rio notificaram o Governo para entender os critérios adotados nos últimos meses. 

Para a Defensoria, o Governo disse que as Prefeituras já receberam os repasses atrasados relativos ao período de janeiro a abril. Mas alguns municípios afirmam que o Estado tem dívidas na casa dos milhões de reais. Na capital fluminense, o débito seria de mais um bilhão. Cláudio Castro nega.

O Ministério Público ainda deve marcar uma nova reunião com o Estado e os municípios. A Defensoria disse que aguarda a informação sobre os critérios adotados para os pagamentos relativos às Redes de Atenção Psicossocial, já que muitos municípios estavam sendo preteridos.  

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