O governador do Rio afirma que é necessário tomar decisões que beneficiem o Aeroporto Internacional Tom Jobim independentemente da posição da Changi. Segundo Cláudio Castro, o principal foco é buscar melhorias para o terminal e uma maneira de criar um equilibrio entre ele e o Aeroporto Santos Dumont.
Atualmente, o pagamento de outorga de R$ 31 bilhões ao Governo Federal é o principal entrave para a permanência da atual concessionária do Galeão. A Changi pediu para deixar a administração do espaço em fevereiro de 2022, mas decidiu continuar administrando o aeroporto no início deste ano. A empresa, no entanto, ainda não formalizou o interesse de que a relicitação do terminal seja interrompida.
Durante agenda nesta terça-feira (19), Cláudio Castro disse que a Changi precisa especificar os planos que tem em relação ao Galeão. Segundo o governador, caso a empresa deixe a administração, há projetos para o terminal, como uma nova concessão.
Castro lembrou ainda que na última semana, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e o presidente da Câmara Municipal do Rio, Carlo Caiado, se reuniram com representantes da companhia em Cingapura para discutir o futuro da concessão.
O governador voltou a defender uma forma de buscar uma harmonia entre o Galeão e o Santos Dumont. Na análise dele, isso seria fundamental para o desenvolvimento do Rio de Janeiro.
Em nota, a Changi disse que já reiterou formalmente o interesse em buscar uma solução com o Governo Federal para permanecer à frente do Galeão e que, neste momento, a concessionária avalia com os acionistas as condições estabelecidas pelo Tribunal de Contas da União sobre o pagamento da autorga e licitação.
No ano passado, o terminal recebeu menos de 6 milhões de pessoas, seis vezes menos que a capacidade total, mas a expectativa é terminar 2023 com um saldo de 7,8 milhões de passageiros, após a limitação dos voos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio.