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Cláudio Castro afirma que Flamengo terá que cumprir a concessão do Complexo Maracanã

A assinatura da concessão acontece no mesmo período em que o Flamengo arrematou o terreno do Gasômetro para construção do estádio próprio

Por João Boueri

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Claudio Castro em discurso no Rio
Reprodução

O governador do Rio, Cláudio Castro, afirma que o Flamengo terá que cumprir a concessão do Complexo Maracanã. A declaração do político foi feita após uma pergunta feita pela reportagem da BandNews FM sobre o novo estádio do Rubro-Negro, previsto para ser inaugurado em 2029.

Na manhã desta sexta-feira (27) em um dos camarotes do Maracanã, a nova concessão do estádio e do Maracanãzinho foi assinada pelo governador, a Secretaria de Estado de Casa Civil; de Esporte e Lazer; e a empresa Fla-Flu Serviços S.A, formada pelos clubes Flamengo e Fluminense e representada pelos presidentes dos dois times.

A dupla foi a vencedora do processo de licitação e será responsável pela gestão, operação e manutenção do Maracanã e do Maracanãzinho pelos próximos 20 anos. 

A proposta apresentada pela empresa foi de cerca de R$ 20 milhões e 60 mil reais. A dupla também teve maior pontuação durante o processo licitatório.

A assinatura da concessão acontece no mesmo período em que o Flamengo arrematou o terreno do Gasômetro para construção do estádio próprio. No local, o clube pretende construir um estádio para, no mínimo 70 mil torcedores, com inauguração prevista para o fim de 2029.

O espaço tinha sido desapropriado pela Prefeitura da capital fluminense, que alegou interesse público no espaço, por R$ 138 milhões e 195 mil. O leilão chegou a ser suspenso duas vezes pela Justiça Federal. 

O Rubro-Negro chegou a fazer um pagamento adicional de quase R$ 7,9 milhões após uma perícia judicial indicar que o terreno vale R$ 176 milhões.

O governador Cláudio Castro disse que o Flamengo terá que cumprir o contrato até o último dia da concessão.

No plano de negócios dos clubes para o Complexo Maracanã, há uma estimativa de 77 partidas anuais no estádio e um evento não esportivo por ano no período de férias do calendário do futebol brasileiro para 100 mil pessoas. 

A empresa também garantiu que vai aumentar o o número de eventos esportivos no Maracanãzinho e chegou a admitir que o espaço foi subutilizado nos últimos anos. A promessa é de 12 eventos esportivos no local e 10 eventos não esportivos por ano. 

No documento desenvolvido durante a licitação, a dupla disse que fará a gestão do estádio de forma não discriminatória em relação aos demais clubes do Rio. No entanto, o consórcio diz que vai priorizar a qualidade dos serviços e dos equipamentos do Maracanã.

Em 2022, o Tribunal de Contas do Estado suspendeu o edital de concessão do Maracanã após o Corpo Técnico do TCE identificar 14 impropriedades observadas no processo licitatório. O Vasco também chegou a tentar suspender o edital na Justiça, mas sem sucesso. Nesta sexta-feira (27), Castro classificou como "dura" a negociação com o Tribunal e disse que o certame foi "100% correto e honesto".

O imbróglio sobre a administração do Maracana começou em 2019, após o então governador Wilson Witzel anunciar a caducidade do contrato de concessão. A Odebrecht Entretenimento S/A e a Odebrecht S/A formavam o Consórcio Maracanã S/A.

Desde então, a dupla Flamengo e Fluminense são responsáveis pelo estádio por meio de um Termo de Permissão de Uso. 

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