Nem mesmo as chuvas previstas para o Rio de Janeiro nesta semana devem solucionar a crise hídrica vivida pelo estado. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia, nas próximas duas semanas, não deve chover em volume suficiente para aumentar de forma significativa a vazão dos reservatórios.
Em Guapimirim, na Baixada Fluminense, o rio que abastece a cidade está no menor nível da história. O fornecimento de água para os moradores está ocorrendo no esquema de rodízio entre os bairros. Para alguns, a solução é usar baldes e galões para coletar água no rio mais próximo ou tirar do próprio bolso para comprar água mineral.
Pelo menos quatro municípios já decretaram situação de emergência devido à estiagem. Além de Guapimirim, também estão nessa situação as cidades de Mangaratiba e Angra do Reis, na Costa Verde, e Teresópolis, na Região Serrana.
O sistema mais impactado pela seca é o Imunana-Laranjal, que abastece 2 milhões de pessoas em São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e parte de Maricá, na Região Metropolitana. Segundo a Cedae, depois das chuvas registradas nas últimas horas, ele opera com 95% da capacidade nesta terça-feira, mas ainda há o risco de que a vazão volte a cair nas próximas semanas.
Diante da estiagem, a dragagem dos mananciais foi intensificada e foram instaladas bombas para aumentar o volume disponível para tratamento.
O sistema Acari, que atende parte da Baixada Fluminense, opera com metade da média histórica do mês de setembro. Depois de funcionar com apenas 67%, o sistema do Guandu voltou a registrar capacidade máxima nesta terça-feira.