
Apontado como mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco, o deputado Chiquinho Brazão já está no Rio de Janeiro, onde cumpre prisão domiciliar. Ele deixou o Presídio Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, no sábado (12), após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O político é monitorado por uma tornozeleira eletrônica.
Na sexta-feira (11), Moraes substituiu a prisão preventiva de Chiquinho por prisão domiciliar, atendendo a um pedido feito pela defesa dele. A solicitação foi baseada em um relatório que trata das condições de saúde do político. ((Segundo o documento, o deputado está com problemas cardiológicos e renais, além de diabetes e hipertensão.))
Na decisão, Moraes proibiu que Chiquinho utilize redes sociais e se comunique com os outros envolvidos no processo. Ele também não poderá receber visitas, exceto de advogados e familiares.
Chiquinho e o irmão Domingos Brazão são apontados como mandantes dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, cometidos em março de 2018. Eles respondem ao processo no Supremo Tribunal Federal. O ex-delegado de Polícia Civil Rivaldo Barbosa também foi preso na ação acusado de obstruir as investigações do caso.
Em outubro de 2024, a Justiça do Rio condenou o ex-policial militar Ronnie Lessa a 78 anos e 9 nove meses de prisão pelos assassinatos. Lessa foi o autor dos disparos contra as vítimas. Élcio de Queiroz, que dirigia o carro no dia do crime, foi condenado a 59 anos e 8 meses.