Um grupo de 50 pessoas pode ficar literalmente a ver navios e perder pacotes de viagens comprados com uma empresa de turismo há dois anos. Isso porque, de acordo com os relatos, o responsável pela agência que intermediou a venda de viagens de cruzeiros da MSC não responde as mensagens enviadas pelas possíveis vítimas desde fevereiro do ano passado. A Polícia Civil abriu inquérito para esclarecer os fatos. Segundo a empresa MSC Cruzeiros, a agência Tako Travel não fez nenhum pedido de reserva em nome das possíveis vítimas.
As embarcações sairiam do Píer Mauá, na Região Portuária do Rio, em fevereiro de 2021, mas foram remarcadas duas vezes, em decorrência da pandemia de Covid-19. A viagem ainda não foi realizada e quem pediu o reembolso dos valores pagos sequer teve retorno após os 30 dias prometidos por Carlos Alberto de Almeida para o estorno do pagamento. A cabine dupla, por exemplo, foi vendida por cerca de R$ 5.500.
A analista de sistemas Thaís Sales disse que tentou pedir o estorno do valor, mas isso não foi feito pelo responsável da agência que intermediou as vendas.
Dois anos atrás compramos o pacote de viagens, que foram remarcadas. Preferimos pedir o dinheiro de volta e fazer outro passeio. No entanto, não temos resposta do representante da Tako Travel. A ideia era se divertir, estar em amigos e a gente só está tendo dor de cabeça. O mínimo era dar uma resposta, nem que fosse uma desculpa inventada.
O jornalista Tiago Azevedo fez registro de ocorrência na delegacia, onde disse que o representante da agência alega que enfrentou imprevistos e não conseguiu enviar os documentos da viagem porque estaria sem tempo. À BandNews FM, Thiago afirmou que a última remarcação foi para o dia 22 de janeiro, mas o responsável pela Tako Travel ainda não deu um novo retorno com o contrato e os bilhetes de viagens.
Nós compramos o cruzeiro com a esperança de ser uma viagem inesquecível. O responsável pela venda não nos responde e precisamos do contrato das reservas. Estamos em um grupo com 58 pessoas e ele não responde ninguém.
Para o autônomo Jeferson Oliveira, além da não realização da viagem, surpreende a atitude do guia de turismo que não deu nenhum retorno às possíveis vítimas.
Desistimos do passeio. A gente exige o reembolso do valor. Ele simplesmente sumiu. Fingiu que não via a mensagem e isso está levando agora a um processo judicial. É culpa dele.
As possíveis vítimas entraram com ação judicial contra Carlos Alberto de Almeida que tramita no 1º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Agora, as possíveis vítimas que deveriam estar com viagem marcada para o dia 22 de janeiro, na embarcação MSC Seaview, que vai fazer o trajeto Ilhabela, Ilhéus e Salvador, na Bahia, correm o risco de conhecer o navio apenas de fora, sem retorno definitivo da empresa que intermediou a compra do pacote.