A Prefeitura de Petrópolis reforça a equipe no Cemitério Municipal, no Centro, para realizar os velórios e sepultamentos das vítimas do temporal na cidade. Segundo o Município, Petrópolis tem sete cemitérios, mas apenas o do Centro será usado, já que é o maior e o mais próximo das áreas mais atingidas.
O cemitério informou que está preparado para receber as vítimas. Novas covas rasas estão sendo cavadas.
Nesta quarta-feira (16), um dia após o temporal, foi realizado o sepultamento de uma criança de 11 anos. Nesta quinta (17), foram pelo menos 17.
Mas há demora na liberação dos corpos no Instituto Médico Legal de Petrópolis. Nesta quarta, alguns moradores que procuravam familiares desaparecidos esperaram mais de 10 horas para identificar as vítimas e, mesmo assim, não conseguiram. A Polícia Civil afirma que o número de peritos é suficiente, mas que o processo é demorado e complexo.
Na manhã desta quinta, com mais de 100 mortos encontrados, apenas pouco mais de 30 haviam sido identificados. Caminhões frigoríficos estão sendo usados para a preservação dos corpos.
O gerente operacional de uma funerária da região, Moisés Alves, afirma que o número de acionamentos aumentou de 2 a 3 vezes, com a tragédia. Famílias das vítimas do temporal entraram em contato com a empresa para o deslocamento do IML para o cemitério.
No entanto, Moisés afirma que, por causa da grande quantidade de vítimas, parte delas não tem nem velório.
Queila Teixeira perdeu o cunhado João Carlos, de 56 anos, soterrado dentro de casa. Até a tarde desta quinta, a família não tinha conseguido liberar o corpo dele e, por isso, não conseguiu marcar o velório. Queila conta que o único desejo agora é dar um enterro digno a João.
Segundo a Prefeitura de Petrópolis, não há a intenção de realizar um enterro coletivo, para que a programação dos familiares seja respeitada. O Município afirma que o Cemitério do Centro foi afetado pela chuva, mas que não houve dano considerável.