Celular de investigador acusado de estupro vai passar por perícia

O objeto foi coletado, após um mandado de busca e apreensão na casa de Genilson Barbosa Bonfim

Por Mariana Albuquerque

O caso teria ocorrido no dia 4 de fevereiro
Reprodução/Google Maps

O celular do investigador da Delegacia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, que é suspeito de estuprar uma mulher dentro da própria unidade, vai passar por uma perícia. Uma vendedora de 25 anos acusa o policial Genilson Barbosa Bonfim de a ter estuprado, para, só assim, soltar o namorado dela, que acabou preso após uma discussão com a vítima na rua.

Segundo o depoimento da mulher, ele foi detido, mesmo após ela ter dito na delegacia que não tinha interesse em prosseguir com a denúncia contra o namorado. No depoimento, ela ainda narrou que o policial teria dito a ela para ficar quieta e deixá-lo à vontade, porque ele "tem conhecimento com bandidos da Rocinha e acesso aos documentos e endereços" da mulher. A vítima também disse que ele teria tocado nos seios dela, a obrigado a fazer sexo oral e a ter relações sexuais com ele.

Prints de trocas de mensagens entre o policial e a vítima, que preferiu não ser identificada, mostram o investigador comentando sobre as partes íntimas da mulher.

O caso aconteceu no dia 4 de fevereiro. A vendedora fez exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal, que apontou violência por ação contundente. Mais exames foram solicitados para atestar o abuso sexual.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher. A Polícia Civil afastou Genilson Barbosa Bonfim das funções e abriu dois inquéritos para apurar a conduta dele. A corporação ainda disse que não compactua com nenhum tipo de desvio de conduta e que todos os fatos estão sendo apurados, assim como as medidas cabíveis que serão adotadas.

Ele é defendido pelo Sindicato dos Policiais Civis do Rio de Janeiro, que disse que o policial tem 24 anos de carreira, sem qualquer anotação na ficha funcional e que a investigação comprovará que o policial não cometeu os crimes e que não há provas em desfavor dele.

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