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Brasil x Argentina: torcedores brigam no Maracanã 1/7
A Polícia Militar afirma que só foi avisada pela Confederação Brasileira de Futebol que a partida entre Brasil e Argentina no Maracanã teria torcida mista quando todos os ingressos já tinham sido vendidos. Segundo a corporação, a comunicação foi feita apenas no dia 16, e as vendas começaram dois dias antes.
A PM ainda classificou como grave o fato de não haver divisão dos torcedores das duas seleções na arquibancada.
Antes do clássico, houve confusão entre brasileiros e argentinos. O início do jogo chegou a ser atrasado em cerca de meia hora.
As agressões teriam começado após brasileiros vaiarem o hino argentino. Um grupo chegou a arrancar cadeiras e jogar na direção de policiais militares, que utilizaram cassetetes contra os torcedores. Houve correria e até mesmo crianças tentavam sair às pressas da arquibancada.
O comandante do Batalhão Especializado em Policiamento em Estádios, coronel Vagner Ferreira, alega que a intervenção dos policiais se deu de forma técnica e proporcional.
Ao todo, oito pessoas presas no Maracanã , entre elas uma torcedora argentina flagrada chamando outra mulher de macaca. Maria Belen Mautecci teve a prisão em flagrante convertida em preventiva nesta quarta-feira (22).
Os demais foram liberados depois de aceitarem cumprir as condições estabelecidas pela Justiça. Um dos infratores também foi proibido de comparecer a estádios.
O advogado Rian Sant'Anna estava no estádio com a família e relata os momentos de tensão.
A imprensa argentina condenou a confusão antes do clássico e tratou como a conduta da PM como um "escândalo".
Após a vitória por 1 a 0, Messi também criticou a atuação dos agentes. Durante o tumulto, ele e outros jogadores chegaram a deixar o gramado como forma de protesto.
Em nota, a CBF alegou que a realização da partida com torcida mista é o padrão em competições organizadas pela Fifa e pela Conmebol e que outros jogos entre as duas seleções, como a semifinal da Copa América de 2019, também foram disputados dessa forma.
A entidade também afirma que o plano de segurança da partida foi debatido com as autoridades do Rio e a Conmebol e aprovado sem qualquer ressalva ou recomendação. Segundo a entidade, todo o planejamento foi feito já considerando classificação de risco vermelha para o jogo e a presença de torcida mista. 1.050 vigilantes privados e mais de 700 policiais militares atuaram na segurança do evento.