A distribuição de água nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, parte de Maricá e da Ilha de Paquetá, na capital fluminense, deve ser normalizada a partir deste sábado (6). A informação foi divulgada pelo governador Cláudio Castro.
O político disse que a operação do Sistema Imunana-Laranjal foi retomado às 22h42 desta sexta-feira (5), quando voltou a produzir água tratada. Castro disse que a distribuição de água vai ser normalizada gradualmente.
A operação do sistema foi liberada após testes de qualidade da água. O Imunana-Laranjal estava inoperante desde a quarta-feira (3), após a Cedae identificar um poluente no rio que capta a água. A concentração do produto químico conhecido como tolueno chegou a quase o dobro do permitido pela norma do Ministério da Saúde.
Bombas de sucção da Cedae, do Instituto Estadual do Ambiente e da Petrobras foram utilizadas para tentar remover o poluente que paralisava um dos maiores sistemas de abastecimento de água do Rio
Cerca de 2 milhões de moradores dos municípios afetados tiveram o fornecimento interrompido.
Pelo menos 130 escolas precisaram suspender as aulas nesta sexta-feira (5) na Região Metropolitana. Em São Gonçalo, todas as unidades municipais fecharam as portas. Já em Niterói, as 13 escolas mais afetadas também cancelaram as atividades.
Nos supermercados, a procura por água mineral cresceu de forma expressiva e, em alguns deles, o preço ainda estava maior. Enquanto na semana passada era possível encontrar uma garrafa de 1,5 litro por R$ 1,80, hoje, o produto era vendido por R$ 2,75 em um mercado de Niterói.
A Associação dos Supermercados do Rio diz que monitora a situação para evitar o desabastecimento.
As concessionárias Águas de Niterói e Águas do Rio afirmam que estão oferecendo caminhões-pipa para os prédios essenciais.
As equipes do Governo do Estado já encontraram o ponto crítico do vazamento, mas ainda tentam identificar a origem exata e os responsáveis.
Ainda na quinta-feira (5), a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente enviou um ofício ao Instituto Estadual do Ambiente pedindo a lista de todas as indústrias que atuam em áreas próximas aos mananciais. Já o Ministério Público cobrou explicações da Cedae sobre as medidas adotadas diante do problema.