Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave registram aumento de mais de 90% no Estado Rio na primeira semana de junho na comparação com a primeira semana de maio. Segundo o Boletim Infogripe da Fiocruz, a maioria está relacionada ao avanço da Covid-19. Os dados englobam todas as regiões do Estado. Na primeira semana de maio foram 287 registros, enquanto no mesmo período em junho o total chegou a 552.
Em janeiro o aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave foi associado ao Vírus Sincicial Respiratório, que costuma acometer crianças pequenas. A pesquisa mostrou que essa foi a faixa etária com o maior número de registros neste período.
No entanto, agora, o pesquisador da Fiocruz, Leonardo Bastos, afirma que desta vez, além de estar relacionada aos casos de Covid, a alta também envolve outras questões.
Ainda segundo o pesquisador Leonardo Bastos, os casos positivos para vírus respiratórios atingem praticamente todas as faixas etárias adultas e o ideal é que a população não deixe de vacinar com a dose reforço contra a Covid-19.
Em maio deste ano, cerca de 17 mil pessoas apresentaram síndrome respiratória e síndrome respiratória aguda grave foram atendidas na rede de emergência da rede municipal de saúde, representando um aumento de cerca de 58% em relação a abril.
A Secretaria Municipal de Saúde do Rio ressalta que, devido ao retorno às atividades sociais após o isolamento da pandemia, as doenças respiratórias, que já são comuns nesta época do ano, têm registrado mais notificações.
A capital fluminense registrou, no início da tarde desta quinta-feira (9), 117 pacientes internados com Covid. Esta é a maior ocupação pela doença em quase quatro meses. Ainda segundo a Secretaria Municipal, cinco aguardam por vaga de internação.
Mas não é só o Estado do Rio que está em alerta. O Boletim Infogripe, da Fiocruz, também aponta que quase 70% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave no país nas últimas 4 semanas foram provocados pela Covid-19.
Em relação ao total de mortes por vírus respiratórios no país, o estudo aponta que mais de 92% foram em decorrência pelo coronavírus.