O Brasil pode ter 704 mil casos novos de Câncer por ano, entre 2023 e 2025. É o que aponta o relatório de estimativa do Instituto Nacional de Câncer e do Ministério da Saúde. 70% dos diagnósticos devem ocorrer nas regiões Sul e Sudeste.
Segundo a coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Lis Maria de Almeida, o aumento concentrado principalmente na região do Sul está atrelado a população que está ficando mais idosa nessa área;
Ainda segundo o relatório, o tumor maligno mais incidente no Brasil é o de pele não melanoma, seguido pelos de mama, próstata, cólon e reto, pulmão e estômago. Pela primeira vez, o documento trouxe dados sobre os cânceres de pâncreas e de fígado, além de outros 19 tipos de tumores. Eles foram incluídos por serem um problema de saúde pública em regiões brasileiras e também com base nas estimativas mundiais.
A coordenadora de Prevenção e Vigilância do Rio, Lis Maria de Almeida alerta ainda que algumas estratégias comportamentais também são fundamentais para evitar o câncer.
O câncer de fígado aparece entre os 10 mais incidentes na região Norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas.
Já o câncer de pâncreas está entre os 10 mais incidentes na região Sul, sendo os principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo.
Ainda segundo o levantamento, em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano do próximo triênio, atrás apenas do câncer de pele não melanoma.
Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano, os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição, sendo que, nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre a população masculina.
Já nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente depois do de pele não melanoma, nas regiões mais desenvolvidas, em seguida vem o câncer colorretal.