Caso Thiago Flausino: Justiça do Rio volta a ouvir testemunhas nesta quarta-feira

A mãe do menino alega que os policiais mataram o filho dela durante uma operação ilegal

Por Guilherme Faria

Thiago Flausino morreu durante operação policial
Reprodução

A defesa dos policiais militares acusados de envolvimento na morte do adolescente Thiago Flausino, na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, pede a revogação da prisão dos réus. Nesta quarta-feira (11), a Justiça do Rio retomou a audiência de instrução e julgamento do caso, que aconteceu em agosto do ano passado.

Três testemunhas de acusação foram ouvidas. Outras duas ainda devem testemunhar em uma nova sessão, com data ainda a ser definida.

No início de outubro, a Justiça realizou a primeira audiência. Na ocasião, a defesa dos agentes insistiu na tese de que o adolescente tinha envolvimento com o crime organizado, o que a família de Thiago nega. A mãe do menino alega que os policiais mataram o filho dela durante uma operação ilegal, já que os agentes estavam em um carro descaracterizado.

A mãe de Thiago Flausino, Priscila Menezes, afirma que a data é importante na busca da família por justiça.

É uma etapa importante, porque é um passo que a família dá para que esses policiais venham a ser julgados, que é o mínimo que a gente espera, pelo que eles fizeram com o meu filho. Nada justifica o que eles fizeram com o Thiago. Eu não tenho mais meu filho, acabaram com o sonho do meu filho, e a gente está aqui para mais essa etapa.

Os quatro policiais militares acusados de envolvimento na morte do menino de 13 anos também foram intimados pela Justiça.

Diego Pereira Leal, Aslan Wagner Ribeiro de Faria, Silvio Gomes dos Santos e Roni Cordeiro de Lima foram presos em maio deste ano. Eles foram denunciados por homicídio. A decisão foi da Justiça do Rio e atendeu a um pedido do Ministério Público.

Um relatório da PM apontou que os agentes tentaram incluir uma arma no local da morte para incriminar o adolescente.

De acordo com o Ministério Público, o crime foi praticado por motivo torpe, visando a realização de uma operação irregular, conhecida como Tróia. Para isso, os PMs usaram um veículo particular e não deram chance de defesa às vítimas.

Os agentes também respondem por fraude processual em outro processo, que corre na Justiça Militar.

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.