'Caso sem precedentes', diz secretária de Saúde após transplante de órgãos com HIV no RJ

A entrevista foi concedida para a BandNews FM, na manhã desta sexta-feira (11), após denúncia exclusiva da rádio

Por Gabriela Marino

  • facebook
  • whatsapp
  • twitter

Após a contaminação de seis pessoas com HIV durante transplantes de órgãos, a secretária de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, Cláudia Mello, falou sobre a atuação da pasta para acompanhar os pacientes com a criação de uma equipe multidisciplinar. A entrevista foi concedida para a BandNews FM, na manhã desta sexta-feira (11), após a denúncia exclusiva da rádio.  

A Anvisa realizou ações e inspeções desde o início, além dessa quebra de fluxo para o Hemorio, do exame de transplante. Esse laboratório (PCS Laboratórios) foi interditado totalmente, ele não funciona mais em todo o estado do Rio de Janeiro. Já fizemos contato com todas essas seis pessoas, já temos um centro de referência para apoiá-las enquanto hospital, que será o Hospital Universitário Pedro Ernesto. A interdição pela Anvisa já foi lavrada e publicada em diário oficial, e a gente tem também um outro contato por e-mail para poder as famílias ou as pessoas que tenham dúvidas com relação a isso, que é notifica@saude.rj.gov.br, disse. 

Segundo Cláudia, em nenhum momento o Governo interrompeu os transplantes de órgãos. Ela classificou o caso como “sem precedentes” e garantiu que essa situação não irá se repetir.  

A gente não interrompeu em momento algum (transplantes de órgãos). No mesmo dia, 13 de setembro, houve uma mudança para a realização no Hemorio (dos testes). Nunca parou porque a gente tem certeza de que o nosso sistema de transplante no Brasil é um sistema seguro, é um sistema que merece confiança. Toda a população pode ter certeza de que foi um caso sem precedentes, foi um caso que não se repetirá e é um caso que a gente vai pautar até a última ação necessária para corrigir caso haja alguma informação diferente nessa sindicância. A gente já salvou mais de 16 mil vidas só nesse período. Então a gente quer afirmar, não parou o sistema de transplante, não parou no Rio de Janeiro e a gente quer fortalecer que as famílias entendam que a doação é precisa para salvar vidas, disse a secretária.  

288 doadores estão sendo testados pelo Hemorio para saber se há mais casos de infecção registrados.  

Estão sendo todos individualizados, testados novamente pelo Hemorio. Existe uma alíquota desse doador que sempre fica reservada para alguma futura necessidade junto ao Hemorio. Então todos esses outros casos estão sendo testados novamente e os centros transplantadores do País já tiveram uma reunião com a Central Nacional de Transplantes em relação a esse assunto e não há nenhum outro indício de outra notificação de casos de pessoas adoecidas, até o momento. Mas esses casos de doadores, todos estão sendo testados pelo Hemorio, afirmou Cláudia Mello.  

Tópicos relacionados

Mais notícias

Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.