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Caso Marielle: delegado presta depoimento e nega relação com os irmãos Brazão

Rivaldo Barbosa foi ouvido pela Polícia Federal nesta segunda-feira (3). Ele é apontado pela PF como o responsável por garantir a execução e a impunidade do assassinato da vereadora Marielle Franco.

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Fernando Frazão/Agência Brasil

O delegado Rivaldo Barbosa revela que conheceu Marielle por meio do atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo. A afirmação foi feita durante o depoimento do ex-chefe da Polícia Civil à Polícia Federal na Penitência Federal de Brasília nesta segunda-feira (3).

Rivaldo explicou que Freixo frequentava a Delegacia de Homicídios da Capital na época em que ele era o delegado para tratar de assuntos relacionados à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio da qual o ex-deputado estadual era presidente.

Segundo o ex-chefe de Polícia Civil, como Marielle era assessora do parlamentaresteve presente em algumas ocasiões. Rivaldo disse ainda que a vereadora chegou a auxiliar em algumas investigações e ressaltou que mantinha uma boa relação com ela.

No depoimento o delegado afirmou também que já estava pensando em nomear Giniton Lages para o cargo de delegado titular da Delegacias de Homicídios da Capital antes da morte de Marielle. ((Com isso, a nomeação não teria nenhuma relação com o fato de Giniton ter sido responsável pela garantia de impunidade aos executores do crime.)) Rivaldo ainda ressaltou que o escolheu por conta do currículo profissional.

Assim como a defesa de Rivaldo já tinha exposto, o delegado negou mais uma vez qualquer relação com Domingos e Chiquinho Brazão, apontados como mandantes da morte de Marielle. Ele ainda chamou atenção para o fato de que o nome dos irmãos surgiu nas investigações um mês após o assassinato.

Durante o depoimento, Rivaldo Barbosa também negou envolvimento com Ronnie Lessa e afirmou que o miliciano está agindo por vingança, já que ele foi preso na gestão de Rivaldo à frente da Polícia Civil.

O advogado Felipe Dalleprane, que faz parte da defesa do delegado, disse que durante a oitiva Rivaldo fornceu ainda informações importantes sobre inquéritos que não teriam sido explorados pela Polícia Federal.

As investigações da PF apontam que Rivaldo Barbosa se utilizou da condição de chefe da Polícia Civil para garantir a execução e a impunidade do crime em troca de pagamentos.

Rivaldo, Domingos Brazão e Chiquinho Brazão foram presos em março deste anos em uma operação da Polícia Federal. 

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