Caso Marielle completa 5 anos marcados por trocas nas equipes de força-tarefa

As investigações do crime, que ainda caminham em passos lentos, já foram comandadas por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores

Por Priscila Xavier

Caso Marielle completa 5 anos marcados por trocas nas equipes de força-tarefa
Cinco anos após assassinato, caso Marielle Franco segue indefinido
Reprodução/Bernardo Guerreiro

Cinco anos após o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, as investigações do crime ainda caminham em passos lentos.

Em cinco anos, três presidentes da República já passaram pelo cargo, cinco delegados estiveram à frente do processo, além de dez promotores do Ministério da Justiça, mas o crime não foi esclarecido.

Ministra da Igualdade Racial e irmã de Marielle, Anielle Franco afirma que a família ainda segue em busca de justiça e não quer esperar por mais cinco anos para a conclusão do inquérito.

Até agora, somente um ex-policial militar e um policial reformado estão presos, de forma preventiva. As investigações apontam que Élcio Queiroz dirigiu o veículo que perseguiu o carro da parlamentar para que Ronnie Lessa pudesse efetuar os disparos. A arma do crime nunca foi encontrada.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal determinou que Élcio Queiroz e Ronnie Lessa fossem a júri popular. No entanto, a data do julgamento sequer foi definida. Enquanto isso, uma pergunta ainda permanece viva: quem mandou matar Marielle Franco? É o que se pergunta, há cinco anos, a mãe da vereadora, Marinete Silva.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a Polícia Federal colabora com as investigações do Rio para tentar elucidar os mandantes e as motivações do assassinato.

Marielle e Anderson morreram na noite do dia 14 de março de 2018, após saírem de um evento promovido pelo PSOL, partido da vereadora. O carro em que eles estavam foi alvejado por, pelo menos, treze disparos: Marielle foi assassinada com cinco tiros na cabeça e Anderson com três tiros nas costas. Somente a assessora da parlamentar, que também estava no carro, sobreviveu.

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