ERRAMOS: A BandNews FM errou ao informar que Danilo Destro Furtado já foi preso pela Polícia Federal por envolvimento na importação irregular de veículos de luxo. Na verdade, a prisão foi de Fábio Dutra de Souza, também citado nas investigações da PF. A reportagem foi corrigida no dia 1° de fevereiro de 2024.
As investigações sobre as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes revelaram que o ex-bombeiro preso acusado de participação no crime ostentava patrimônio incompatível com o que ganhava oficialmente. Maxwell Simões Correa é suspeito de ter assumido os negócios do policial reformado Ronnie Lessa depois da prisão dele em 2019.
Apesar do salário médio de R$ 5.700,00, Maxwell Simões Correa chegou a movimentar R$ 1,1 milhão na conta bancária dele em um intervalo de dois anos e meio, entre março de 2019 e outubro de 2021. O valor é quase o mesmo que ele havia movimentado nos cinco anos anteriores.
Os dados foram fornecidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf. Entre as transações suspeitas, estão transferências envolvendo um miliciano, um estelionatário e um condenado por associação criminosa.
Uma empresa de uma sócia de Maxwell chegou a movimentar R$ 5,3 milhões em três meses. A PF vê indícios de que a conta da empresa era utilizada para lavagem de dinheiro. Os registros apontam que o ex-bombeiro recebeu pelo menos R$ 92 mil reais em transferências dessa empresa.
A conta bancária da esposa dele também seria usada para lavar o dinheiro que o marido recebia por meio das atividades criminosas.
De acordo com a investigação, Maxwell ainda recebeu R$ 142 mil do miliciano Fábio Marques Nobre de Almeida, em 10 parcelas. Segundo a Polícia Federal, Fábio é um miliciano conhecido no Rio de Janeiro, já foi preso em 2011 e respondeu processo por roubo.
O ex-bombeiro também recebeu R$ 10 mil de Danilo Destro Furtado, apontado pela Polícia Federal como estelionatário.
Preso na segunda-feira (24), o ex-bombeiro Maxwell Simões foi transferido para a Penitenciária Federal de Brasília. Apontado como responsável pela milícia que atua em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio, Suel é acusado de monitorar a rotina de Marielle e ajudar no sumiço das cápsulas de munição, do carro usado no crime e das placas clonadas dele.
Maxwell já foi condenado a quatro anos de prisão por obstrução de justiça no caso Marielle. Em 2022, ele foi expulso do Corpo de Bombeiros por indisciplina.