Caso Anic Herdy: MP amplia acusação contra assassino confesso de advogada

O órgão cita o surgimento de novos fatos sobre o caso. O corpo da vítima encontrado em setembro, em Teresópolis, na Região Serrana, concretado na garagem de Lourival Corrêa Netto Fadiga

Por Daniel Henrique

Anic havia sido vista pela última vez em fevereiro
Reprodução/Jornal da Band

O Ministério Público do Rio adicionou a tipificação de homicídio triplamente qualificado à denúncia contra o assassino confesso da advogada Anic Herdy, os dois filhos e a companheira dele, que também respondem por extorsão mediante sequestro e ocultação de cadáver. 
 
O órgão cita o surgimento de novos fatos sobre o caso. O corpo da advogada foi encontrado em setembro, em Teresópolis, na Região Serrana, concretado na garagem de Lourival Corrêa Netto Fadiga. Anic havia sido vista pela última vez em fevereiro, em um shopping de Petrópolis, na mesma região. 
 
Lourival confessou o crime, dizendo que assassinou Anic com um golpe no pescoço em um hotel. Para a Polícia, ele disse que cometeu o crime a mando do marido dela, Benjamin Herdy, que nega a acusação. As investigações também não encontraram indícios de que ele esteja envolvido com o assassinato. 
 
Na época do crime, Benjamim Herdy, de 78 anos, passou a receber mensagens em que os supostos sequestradores exigiam o pagamento de mais de R$ 4 milhões pelo resgate. 
 
Sob orientação de Lourival, Benjamin realizou o pagamento em dinheiro em espécie, criptomoedas e 40 transferências bancárias. No dia combinado para que Anic fosse libertada, Benjamim foi a um shopping na Zona Oeste, local combinado para que ela fosse deixada, enquanto Lourival seguiu com o dinheiro para supostamente entregar aos sequestradores. 
 
A Polícia Civil descobriu que com o dinheiro, Lourival comprou um carro de luxo, uma motocicleta e 950 celulares. 
 
Maria Luiza Vieira Fadiga e Henrique Vieira Fadiga, filhos de Lourival, chegaram a ser presos acusados de participação no crime, mas foram soltos. Eles seguem como réus na Justiça. 
 
Um relatório da Polícia Civil apontou que Lourival conversou com Maria Luiza por mensagens telefônicas de dentro do presídio, por pelo menos duas vezes. Ele orientou a filha a alertar ao advogado sobre um rastreador instalado no carro, possivelmente usado no crime. Eles também conversaram sobre o pagamento das contas da família. 
 
Já Rebecca Azevedo dos Santos, companheira de Lourival, segue presa. 
 
Em nota, a defesa de Lourival diz que o aditamento feito pelo MP antes do término das investigações seria uma estratégia para tentar impedir a apreciação do pedido de liberdade de Rebecca Azevedo, já que não existiriam indícios de condutas dela e dos filhos de Lourival relacionadas ao homicídio confessado por ele. 
 
A defesa também diz que também aguarda a resposta da quebra de sigilo telefônico e telemático de Benjamin Herdy, deferida por juízo. 

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