Casas interditadas em Petrópolis estão sendo invadidas e saqueadas

A denuncia é feita por moradores da Ladeira Modesto Garrido, na Rua Primeiro de Maio

Por Ana Paula Jaume (sob supervisão)

Casas interditadas em Petrópolis estão sendo invadidas e saqueadas
Tragédia em Petrópolis
Reprodução

Quase dois anos após a tragédia causada pelas fortes chuvas, no início de 2022, moradores da Ladeira Modesto Garrido, na Rua Primeiro de Maio, em Petrópolis, na Região Serrana, denunciam que muitas casas interditadas pela Prefeitura estão sendo invadidas e saqueadas por ladrões.

Segundo relatos, na época, o asfalto da rua foi arrancado, postes derrubados e manilhas arrebentadas. Além disso, até hoje, o local não tem luz, água e rede de esgoto.  

A professora Liliam Pereira relata que casa dela continua interditada e que o local está em situação de abandono.

"A casa da minha família foi atingida pela tragédia das chuvas em Petrópolis. Até hoje, nossa casa está interditada. Na nossa rua, o asfalto foi arrancado pela chuva. Lá não tem luz, não tem água, nem rede de esgoto desde a tragédia. Todas as famílias foram obrigadas a mudar. Depois que saímos, as casas foram abandonadas. Nós tivemos os eletrodomésticos e alguns móveis furtados. E não temos perspectiva nenhuma. Enquanto isso, temos que pagar aluguel para morar em outro lugar sem ter como voltar para a nossa casa."

No dia 15 de fevereiro de 2022, a pior tragédia da história de Petrópolis deixou 235 mortos.

Em nota, a Prefeitura de Petrópolis informou que, em outubro, anunciou obras de contenção de encostas para o local.  

Segundo o município, três grandes obras Rua Itália, na Vila Militar; Ladeira Modesto Garrido, na 1º de Maio; e Eugênio Barcelos, no Valparaíso vão ser incluídas no programa PAC Encostas, do governo federal. De acordo com a nota, as obras estão em pleno andamento.  

Sobre a Rua Primeiro de Maio, a Prefeitura explicou que, num primeiro momento após a tragédia, o governo do Estado havia prometido as obras na comunidade e que o município teve que assumir as intervenções neste ano por causa da inércia do governo do Estado.

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