Casa de repouso na Ilha do Governador é interditada e proprietária é presa

A Polícia Civil realizou verificação de condições insalubres na casa de repouso Divina Luz nesta quarta-feira (14), e encontrou uma série de irregularidades no local

Por Mariana Albuquerque

Casa de repouso foi interditada por apresentar diversas irregularidades
Reprodução/Polícia Civil

A casa de repouso Divina Luz, que fica na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, foi interditada e a proprietária do estabelecimento foi presa pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (14), após a verificação de condições insalubres no local.

O flagrante ocorreu após denúncias.  

De acordo com o delegado Marcus Henrique de Oliveira Alves, os policiais encontraram a casa com várias irregularidades, como alimentos com data de validade vencida.

Os agentes também encontraram estoque de medicação controlada sem prescrição médica, além de dejetos de insetos.

As investigações apontam que os funcionários estariam cometendo maus-tratos, dopando idosos e falsificando receituários.

A casa de repouso chegou a passar por inspeção, nesta sexta-feira (09), e foi interditada, mas apenas para novas admissões. O local tem licença sanitária de funcionamento de 2022 por autodeclaração, de acordo com o Instituto Municipal de Vigilância Sanitária do Rio (Ivisa-Rio). Mas, na visita, foram observadas irregularidades no processo de trabalho e equipe técnica reduzida.

Ainda de acordo com a pasta, foi apresentada documentação na íntegra, mas os dados não eram condizentes com a realidade. Foram lavrados dois termos de intimação com exigências. Está previsto retorno ao estabelecimento para monitoramento e acompanhamento do caso na quinta-feira (15).

A Secretaria Municipal de Assistência Social disse que vai realizar o cadastro dos idosos e chamar as famílias. Os que não tiverem parentes, vão ser acolhidos em abrigos.

Em agosto deste ano, duas pessoas foram presas em flagrante acusadas de tortura, cárcere privado e maus tratos. Ao todo, 29 idosos da casa de repouso em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, foram resgatados do local. Os proprietários viraram réus na Justiça do Rio, no início deste mês, em acolhimento à denúncia do Ministério Público.

Eles não tinham atendimento médico e faltavam materiais hospitalares e de higiene para cuidar das vítimas. Os policiais também viram que a alimentação dos pacientes era precária e que alguns deles ainda eram agredidos.

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