O criminoso Carlos Henrique dos Santos, conhecido como Carlinhos Cocaína, que morreu nesta sexta-feira (12) durante um confronto com policiais militares, já vinha sendo monitorado pela PM há cerca de 20 dias. O bandido era um dos chefes do tráfico da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio. Segundo a corporação, os agentes chegaram a identificar um comportamento padrão do traficante, que estava foragido.
O tenente-coronel Lourival Júnior, comandante do Batalhão de Jacarepaguá, explica que Carlinhos Cocaína passava a maior parte do tempo na Cidade de Deus, mas costumava fugir para outras comunidades quando percebia movimentação policial.
Nesta sexta (12) não foi diferente. As equipes da Polícia Militar estavam prestes a fazer uma operação na comunidade quando localizaram Carlinhos Cocaína em um carro na Freguesia, na mesma região, por volta das cinco horas da manhã. Ele e os comparsas foram abordados por policiais militares, mas atiraram contra a equipe e houve confronto.
Ao todo, quatro criminosos foram baleados e chegaram a ser socorridos, mas Carlinhos Cocaína e um comparsa acabaram morrendo. Entre os feridos, está um bandido que foi beneficiado pela saidinha de Natal e que não havia voltado para a prisão. Com eles, os agentes apreenderam um fuzil e duas pistolas com kit rajada.
Chefe do tráfico na Cidade de Deus, Carlinhos Cocaína também era um dos suspeitos de envolvimento em uma troca de tiros com pms em 2016, quando um problema em um helicóptero da corporação levou à queda da aeronave, matando quatro policiais. Em 2019, a polícia chegou a encontrar uma mansão na Taquara, na Zona Oeste do Rio, que pertencia ao criminoso. O imóvel era avaliado em um milhão e meio de reais. Carlinhos Cocaína chegou a ser preso em 2010, mas atualmente estava foragido.
O tenente-coronel Lourival Júnior, comandante do Batalhão de Jacarepaguá, afirma que o criminoso tinha um perfil agressivo.
Depois do confronto entre traficantes e PMs, a operação policial continuou na Cidade de Deus. Criminosos chegaram a atear fogo em barricada para tentar impedir a entrada dos agentes na comunidade. Por exigência do tráfico, parte do comércio fechou as portas na Freguesia e na Cidade de Deus.