Após manhã de caos no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, por conta de neblina, o prefeito da cidade diz que o Governo Federal deve restringir voos para o terminal. O anúncio foi feito por Eduardo Paes depois de uma reunião com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, nesta quinta-feira (3).
Segundo Paes, o presidente Lula viaja para a capital fluminense na semana que vem para formalizar a medida.
Durante a manhã desta quinta, 30 voos foram cancelados e outros 38 tiveram atrasos no Aeroporto Santos Dumont, por causa de um forte nevoeiro no Rio. Durante quatro horas, o terminal operou de forma intermitente para pousos e decolagens. Às 10 horas da manhã, o Santos Dumont foi reaberto no visual.
Centenas de pessoas foram afetadas pelo problema e filas quilométricas se formaram no saguão.
Ao mesmo tempo, o Aeroporto Internacional Tom Jobim continuou funcionando, operando por instrumentos, e ficou vazio durante toda a manhã. A condição foi ressaltada por Eduardo Paes na Internet.
O prefeito do Rio foi um dos passageiros prejudicados pela visibilidade reduzida no Santos Dumont. O político estava indo para o encontro com o ministro para tratar do assunto.
Na Internet, Paes citou os problemas de superlotação enfrentados pelo aeroporto. Ele disse que a concentração de voos no terminal vai acabar. O prefeito afirmou ainda que o Galeão é o aeroporto com as melhores condições meteorológicas do Brasil.
Na quarta-feira (2), o Tribunal de Contas da União determinou que as concessionárias de aeroportos e rodovias podem voltar atrás na escolha de devolver as permissões ao governo. A decisão pode impactar no impasse da administração do Aeroporto Galeão, já que a Changi voltou atrás e decidiu permanecer à frente do espaço.
Em nota, a Changi reafirmou o interesse em buscar uma solução conjunta com o Governo Federal para que a RIOGaleão mantenha a operação. Já o Ministério de Portos e Aeroportos foi procurado, mas não se posicionou.