Uma paciente com forma agressiva de câncer cerebral teve regressão da doença após se infectar com o vírus da zika. É o que aponta um estudo realizado por equipes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Fundação Oswaldo Cruz e do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer.
Há sete anos, a paciente recebeu o diagnóstico do câncer. A mulher foi submetida a uma cirurgia para a retirada de parte do tumor, seguida de tratamento padrão. Três semanas e meia depois, ela foi diagnosticada com o vírus.
Com a infecção curada, os médicos observaram que o câncer cerebral havia regredido. A paciente não teve recorrência da doença por mais de sete anos.
Acompanhada regularmente com tomografias cerebrais, atualmente a mulher está assintomática, saudável, trabalhando ativamente e não faz uso de medicamentos.
Uma das autoras do estudo, a professora Patrícia Pestana Garcez, conta que os pesquisadores ficaram surpresos com o resultado do trabalho.
Os pesquisadores, no entanto, destacam que são necessários mais estudos para investigar se essa pode ser uma nova estratégia terapêutica para o câncer cerebral e outros tipos da doença.