Um local marcado pela história e um respiro no Centro do Rio: o Campo de Santana era para ser lembrado dessa forma. No entanto, a sensação de insegurança prevalece. Pessoas em situação de rua utilizam o espaço como moradia, há lixo jogado no jardim, embalagens de marmitas nos lagos. Alguns reservatórios, por outro lado, estão sem água.
A entrada principal está fechada. O arco do portal está danificado, tem risco de queda e foi interditado pela defesa civil.
A aposentada Sueli Coelho diz que vem usa o Campo de Santana para praticar esportes, mas sente muito medo.
Em novembro do ano passado, o Tribunal de Contas do Estado e a Fundação Parques e Jardins assinaram um acordo que promete melhorar a qualidade ambiental do espaço, cuidar dos lagos, jardins e árvores. Além disso, um sistema de vigilância eletrônica também deve ser instalado. No entanto, não há prazo para o serviço ser realizado.
O ouvinte Paulo Vitor Almeida conta que visitava o local quando era criança e o panorama era completamente diferente.
Localizado na Praça da República e tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artística Nacional (Iphan), o Campo de Santana tem 155 mil m² de área verde. O espaço é utilizado pela população desde os tempos coloniais e foi palco de momentos importantes da história brasileira, como a aclamação do Imperador Pedro I e a Proclamação da República.
Procuradas, a Guarda Municipal e a Polícia Militar informaram que realizam a segurança do local. Já o TCE e a Fundação Parques e Jardins não retornaram.
A Comlurb informa que a limpeza no Campo de Santana é realizada diariamente, com seis garis, e está regular.O parque tem dois problemas externos que podem dar uma sensação de falta de limpeza: a qualquer hora do dia há distribuição de quentinhas para moradores em situação de rua e a colocação de quentinhas com ração e água, por populares, para os gatos que vivem no local. A roçada no Campo de Santana é realizada a cada 15 dias, e uma equipe está fazendo a roçada esta semana; um trecho já foi roçado, e a outra parte será concluída ainda esta semana. Além das roçadeiras manuais, a Companhia atua no local com os seguintes equipamentos: varredeira de médio porte, trator capinadeira, trator roçador, caminhão coletor para remoção de resíduos, e pipa d'água e van motobomba para lavagem hidráulica do parque com água de reuso.