Um caminhoneiro atingido por uma árvore, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, há um mês, fraturou a coluna e ainda aguarda por cirurgia em um hospital público.
Alexandre Machado da Silva, de 47 anos, está internado no Hospital Municipal Miguel Couto, na Zona Sul, desde o dia 09 de setembro. Ele conta que não há perspectiva de realizar a operação, porque, segundo ele, falta parafusos na rede municipal de saúde.
Alexandre da Silva chegou a deixar a unidade no dia 10 do mês passado. Ele precisou procurar uma clínica particular para fazer uma ressonância magnética, já que onde estava internado a máquina que faz o procedimento estava quebrada. O ouvinte teve que arcar com o exame.
Mas, essa não foi a primeira vez que Alexandre foi forçado a deixar o Hospital Municipal Lourenço Jorge. No dia 03 de setembro, um dia após o acidente, mesmo com a constatação das fraturas, o caminhoneiro conta que precisou ir embora porque não havia cirurgião na unidade, já que, segundo ele, todos participavam de um congresso fora do país.
O caminhoneiro ainda conta que precisou pagar um colar ortopédico, para imobilizar o pescoço, uma vez que no hospital não havia o equipamento.
Alexandre da Silva foi ferido pela árvore que atingiu e destruiu a cabine do caminhão em que ele estava. O acidente foi na Avenida das Américas. Outras duas pessoas, que estavam no mesmo veículo, também ficaram feridas, mas sem maiores gravidades.
Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou que não avalia a cirurgia do motorista como de emergência e que, por isso, os exames necessários são feitos ambulatorialmente, com agendamento pelo SISREG. A nota ainda alega que o paciente foi orientado sobre como proceder para a marcação, mas, por opção própria, resolveu fazer os exames no sistema particular.
Sobre a tomografia, a pasta diz que o Hospital Municipal Miguel Couto tem dois tomógrafos e quatro aparelhos de raio x, todos em pleno funcionamento, mas que enquanto pacientes com quadro de emergência fazem o exame prontamente na própria unidade, aqueles que não são de emergência, como é o caso de Alexandre, são feitos por agendamento.
O comunicado ainda destaca que a cirurgia de coluna indicada para Alexandre, é de alta complexidade e, portanto, de responsabilidade estadual e federal, sendo a regulação de vagas feita pela Central Estadual de Regulação.
A Secretaria Estadual de Saúde foi procurada, mas ainda não se pronunciou.