Cachorro é atingido por tiros no Morro do Jordão

Identificado como Duque, o animal foi atingido na parte traseira por dois tiros, dentro de um apartamento, durante confronto por disputa de território entre milícia e tráfico

Por Mariana Albuquerque

Cachorro ferido por tiros
Reprodução

Passa bem o cachorro da raça shih tzu que foi mais uma das vítimas da violência na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Identificado como Duque, o animal foi atingido na parte traseira por dois tiros, dentro de um apartamento, durante confronto por disputa de território entre milícia e tráfico, no Morro do Jordão.

A Polícia Militar também disse que existe uma ocupação permanente nas áreas edificadas do Morro do Jordão, desde o início de agosto, com auxílio de veículos blindados 24 horas por dia. A Corporação complementou que, nas vias do perímetro urbano da região, policiais ficam em viaturas e moto patrulhar, para intensificar as abordagens a pessoas e veículos.

Ouvintes da BandNews FM e moradores, pelas redes sociais, relatam a constante sensação de insegurança por causa dos intensos conflitos, que perduram desde o início do ano. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), o indicador de letalidade violenta cresceu mais de 153% de janeiro a junho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, nos bairros: Anil, Cidade de Deus, Curicica, Gardênia Azul, Jacarepaguá e Taquara.

Um ouvinte que teve a identidade preservada e a voz distorcida relatou à reportagem que moradores têm a caixa d'água furada com tiros porque se recusam a pagar a taxa cobrada mensalmente por criminosos, para que tenham acesso à água...

Segundo os depoimentos, o grupo de milicianos atua livremente na comunidade e cobra altos valores dos moradores, que precisam realizar o pagamento por receio do que pode acontecer.

Imagens que circulam na internet mostram janelas e carros com os vidros quebrados e com marcas de tiro.

No dia 14 desse mês, um comerciante morreu em Jacarepaguá: o Raimundo Ubiratan de Souza Lima, mais conhecido como Bira. Ele era dono de outros bares e tinha aluguéis, mas, segundo a família, nunca tinha sofrido nenhum tipo de ameaça. Moradores da região disseram que ele foi morto por não concordar com cotas de segurança da milícia e que outras lojas foram metralhadas pelos criminosos por não concordarem com as cobranças.

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