O Brasil fecha o ano de 2021 com 12 milhões de pessoas desempregadas, uma redução de 16,7% na comparação do último trimestre do ano frente ao mesmo período em 2020. O número corresponde a 11,1% da população apta a trabalhar. O índice é o menor desde 2015 (9,1%) e se equipara à taxa de 2019 (11,1%).

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (24) pelo IBGE.

Em relação ao trimestre de julho a setembro do ano passado, também houve queda de 1,5 ponto percentual. O índice saiu de 12,6% para 11,1%.

A supervisora de crimes financeiros Eliza Lemos perdeu o emprego em setembro do ano passado, mas conseguiu um novo trabalho em dezembro. Ela afirma que o processo foi facilitado pela internet.

No entanto, a média anual de desempregados ficou em 13 milhões e 900 mil pessoas, uma taxa de 13,2%. É a segunda maior desde 2012, quando a pesquisa teve início.

Segundo o professor de Economia Social e do Trabalho da Unicamp, Cláudio Salvadori Dedecca, não é possível afirmar que o desemprego está em queda no Brasil, já que a redução é frente a 2020, ano de pandemia da Covid-19.

O rendimento médio dos trabalhadores caiu 10,7% nos três últimos meses de 2021 em relação ao mesmo período do ano anterior e 3,6% em relação ao trimestre anterior.

Houve crescimento nos trabalhos formais e informais. A taxa de informalidade aumentou de 38,3% em 2020 para 40,1% em 2021. O número de trabalhadores chegou a 36 milhões e 600 mil.

Já os empregos com carteira assinada subiram 2,6% no período, com 32 milhões e 900 mil pessoas.

O total de trabalhadores por conta própria atingiu o maior número da série histórica: 24 milhões e 900 mil.