O comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar, Aristheu de Góes Lopes, solicitou a aquisição de mais de 200 armamentos, incluindo fuzis e submetralhadoras, para reforçar a tropa. O pedido foi encaminhado ao Comando de Operações Especiais da PM no fim de maio, quase três semanas antes da operação que terminou com dois agentes baleados no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio, na última terça-feira (11).
Nos documentos, o comandante pediu ao menos 190 fuzis, de funcionamento automático e semiautomático, e 50 submetralhadoras, além de fardamentos com proteção contra risco de fogo repentino, escudos e capacetes balísticos, escadas telescópicas táticas e drones para auxiliar nas operações. Também faz parte das solicitações a aquisição de veículos especiais adaptados para compor a frota.
Entre as justificativas para a compra dos equipamentos, o comandante do BOPE destacou a necessidade de recomposição e modernização dos materiais usados pela unidade, adquiridos há dez anos.
Em nota, a PM informou que as formalizações de demandas têm cunho institucional e que não são direcionadas à divulgação externa. Assim, os comandantes têm atribuição para avaliar as necessidades de suas unidades e pontuar possíveis aquisições. Com relação às solicitações do BOPE, a Polícia Militar afirmou que não há déficit de armamento, fardamento, viaturas e nenhum aparato logístico para a atuação das equipes no cenário atual.