Pelo terceiro dia, moradores de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, que vivem nas proximidades do Rio Botas, tentam reorganizar suas casas depois da enxurrada do fim de semana. Nesta terça-feira (16), no lado de fora das residências, vários móveis sujos de lama foram descartados, enquanto equipes da Prefeitura utilizavam maquinário para retirar entulho das ruas.
Mas o que virou lixo para alguns foi reaproveitado por outros, que também perderam tudo com o temporal. A cuidadora Carmen da Silva contou que conseguiu reutilizar uma mesa que tinha sido colocada para fora por outras pessoas.
A dona de casa Sandra Maria Gomes também conseguiu dar utilidade a uma tábua que pegou na rua. O objeto acabou virando uma mesinha improvisada, já que mais uma vez, ela viu o que conquistou ser destruído pela água. A geladeira não funciona mais, e a máquina de lavar ficou totalmente quebrada. Sandra, que não consegue ouvir direito, ainda revelou que outra enchente, em 2022, levou embora o aparelho auditivo dela.
A terça-feira (16) também foi de mais buscas pelos desaparecidos. Em Belford Roxo, os irmãos de Elaine Cristina Souza Gomes, de 46 anos, continuaram acompanhando o trabalho dos Bombeiros. A cabeleireira desapareceu no último sábado (13), quando o carro dela e do marido caiu no Rio Botas durante a enxurrada. O casal não morava na cidade e estava voltando de uma festa. Hugo Alexandre Souza Gomes, irmão de Elaine, diz que só vai deixar a região quando ela for encontrada.
Já na capital fluminense, na Zona Norte, os bombeiros procuram por um homem que foi levado pela correnteza na Pavuna. No fim da manhã, um corpo foi encontrado no Rio Acari, na altura de Coelho Neto, mas ainda não foi identificado. Também não há confirmação se a morte está relacionada ao temporal.