BNDES vai liberar R$ 10 milhões para consórcio formado pelo movimento negro

O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (23) pelo presidente do banco

Por Nicolle Timm

BNDES vai liberar R$ 10 milhões para consórcio formado pelo movimento negro
Fachada BNDES
Fernando Frazão/Agência Brasil

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anuncia a liberação de R$ 10 milhões para um consórcio formado por entidades ligadas ao movimento negro. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (23). Os recursos estavam previstos em um edital lançado neste ano e vão ser usados em projetos voltados para a região da Pequena África, na Zona Portuária do Rio, onde fica o Cais do Valongo.

A novidade foi divulgada por Aloizio Mercadante durante a cerimônia de entrega das obras de valorização do Valongo. O presidente do BNDES ainda destacou que esse é o ínicio dos investimentos que ainda vão ser feitos e que o próximo passo é a construção de um museu em frente ao local.

As obras de valorização do Cais do Valongo começaram em 2018 e foram divididas em duas fases. A primeira foi financiada pela Embaixada Americana e consistiu na fixação da estrutura do local que sofre com a erosão pelo tempo. Já a segunda e última fase teve investimento da State Grid, uma empresa estatal chinesa. Ao todo, foram R$ 4 milhões investidos, sendo dois em cada fase.

Agora, o guarda-corpos do local foi trocado e painéis expositivos foram instalados contando a história do local e destacando o símbolo de patrimônio mundial reconhecido pela Unesco. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, comemorou a entrega das obras.

A iyalorixá mãe Edelzuita de Oxalá, que conduziu a lavagem do Cais do Valongo para marcar a cerimônia de entrega das obras, relembrou a luta para a valorização do local.

Considerado patrimônio mundial pela Unesco, o Cais do Valongo foi redescoberto em 2011, durante as obras do Porto Maravilha. O sítio arqueológico foi o principal porto de desembarque de africanos escravizados nas américas.

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