BNDES estuda abrir linha de crédito para perdas e danos da tragédia no RS

Informação foi confirmada pelo diretor do banco, Nelson Barbosa, nesta segunda-feira (21)

BNDES estuda abrir linha de crédito para perdas e danos da tragédia no RS
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Fernando Frazão/Agência Brasil

O BNDES estuda a possibilidade de abrir uma linha de crédito voltada para perdas e danos após a tragédia climática no Rio Grande do Sul. A informação foi confirmada pelo diretor do banco, Nelson Barbosa, nesta segunda-feira (21).

A primeira reunião sobre financiamento climático entre bancos públicos e representantes do G20 está sendo realizada na sede da instituição no Centro do Rio de Janeiro.

O BNDES organizou o evento com a presidência brasileira do G20, o Ministério da Fazenda, a rede global Finance in Common (FiCS) e o Instituto Clima e Sociedade (iCS).

O diretor do banco, Nelson Barbosa, falou sobre as linhas de crédito já disponibilizadas pelo banco à população do Sul do país.

O ex-ministro da Fazenda e do Planejamento no governo Dilma Rousseff também comentou sobre o Programa Fundo Clima, que tem o objetivo de de garantir recursos para apoio a projetos que estudem a redução de emissões de gases do efeito estufa e a adaptação às mudanças do clima e aos efeitos. Segundo Barbosa, o fundo conta com US$ 2 bilhões. 

Ainda nesta segunda-feira (20), duas mesas debateram sobre iniciativas do Brasil e do Finance in Common em finanças sustentáveis, com o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), João Paulo Kleinübing, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Econômico, Chicão Bulhões, e outras autoridades.

Na sede do BRDE, no centro da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, a água das enchentes chegou a dois metros. Os funcionários trabalham no regime remoto.

O menor espaço de tempo entre uma tragédia climática e outra vem diminuindo, na visão do presidente do BRDE, João Paulo. Ele citou a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, onde 241 pessoas morreram com as chuvas de 2022.

Nesta terça-feira (21), os organizadores vão participar de uma entrevista coletiva para apresentar as recomendações do encontro sobre como alavancar as finanças climáticas no País e no mundo, em questões como arquitetura financeira global, financiamento inovador para o clima e a biodiversidade, mobilização de capital privado para infraestrutura resiliente e ampliação do financiamento local, entre outras.

Em relação às medidas já adotadas no Rio Grande do Sul, no início do mês, o BNDES já havia anunciado que alavancaria R$ 5 bilhões em crédito para micro, pequenas, médias empresas e microempreendedores individuais (MEIs), por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (FGI PEAC). O pagamento de dívidas de empresas e produtores rurais da região Sul do país foi suspenso.

O BNDES também permitiu a renegociação de crédito rural realizados através de instituições financeiras credenciadas em que o empreendimento financiado esteja localizado nos municípios com decretação de situação de emergência ou de estado de calamidade pública, reconhecida pelo Governo Federal.

O Rio de Janeiro vai ser sede do G20 em novembro. O Grupo dos 20 reúne as 19 maiores economias do mundo, a União Europeia e, a partir deste ano, a União Africana. Países convidados também vão participar do encontro no fim do ano.

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