O BNDES anunciou que a linha de crédito rural lançada pela instituição em abril terá um adicional de R$ 2 bilhões. A modalidade de financiamento, que cobre custos em dólar, foi lançada pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e pelo presidente do banco, Aloizio Mercadante.
O acréscimo no valor vem depois da polêmica na maior feira de negócios do setor, a Agrishow, em São Paulo. Fávaro, que havia sido convidado para a abertura do evento, teve a data de participação adiada, depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou presença. O ministro da Agricultura de Lula se sentiu desconvidado.
Com o valor anunciado nesta terça (09), o total liberado em crédito para o setor chega a R$ 4 bilhões. A justificativa apresentada para a suplementação é a demanda identificada em sonadagens, justamente, durante a Agrishow.
O diretor Financeiro e de Crédito Digital para Micro, Pequenas e Médias Empresas, Alexandre Abreu, ressalta a importância da iniciativa.
De acordo com o órgão, o protocolo de operações da linha vai ser aberto no dia 16 aos agentes financeiros credenciados a repassar os recursos do BNDES ao cliente final.
A linha é voltada à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas. Segundo o BNDES, a opção deve contribuir para aumentar a produtividade no campo, ao ampliar a atualização tecnológica da frota de tratores e colheitadeiras agrícolas.
Para receber o crédito, o agricultor deve possuir receitas em dólar ou atreladas à moeda americana. O custo final partirá de aproximadamente 7,59% ao ano, mais variação cambial. Os prazos totais vão de 25 a 120 meses, com carência de até 2 anos.