A blogueira do Rio Rayane Figliuzzi cumpre prisão domiciliar. Acusada de estelionato, Rayane foi presa nesta segunda-feira (14), em Areal, no Centro Sul Fluminense. Mas, segundo a defesa da blogueira, ela já respondia ao processo em prisão domiciliar. A medida foi autorizada pela Justiça de Santa Catarina, porque Rayane é mãe de uma criança de menos de um ano e é acusada de crimes sem violência. Outras mulheres denunciadas pelo esquema, que também são mães de filhos pequenos ou estão grávidas, tiveram o mesmo benefício.
A quadrilha, intitulada "Família Errejota", tinha o centro do comando no Rio, segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina. No entanto, os golpes foram cometidos contra idosos em Florianópolis. As 11 vítimas identificadas pelos investigadores tinham entre 65 e 96 anos e sofreram os crimes em dezembro de 2020. Uma delas teve aproximadamente R$ 33 mil retirados da conta.
O grupo praticava o golpe do motoboy. Parte da quadrilha, de 15 pessoas, se passava por funcionários de bancos e ligava para os idosos. Eles fingiam ter identificado uma compra estranha e pediam para que as vítimas realizassem operações telefônicas e entregassem o cartão do banco, quebrado, mas com o chip intacto, a um motoboy, que também fazia parte da quadrilha. Com os cartões em mãos, o grupo fazia saques e compras.
O especialista em direito digital e do consumidor Antonio Carlos Marques Fernandes afirma que é preciso tomar cuidado com as informações divulgadas na internet.
Ainda segundo a denúncia, Rayane era a dona de uma das maquininhas de cartão usadas para transações ilícitas. O noivo dela, Alexandre Navarro Júnior, conhecido como Juninho, era o líder do grupo. A irmã de Alexandre, Yasmin Navarro, também foi denunciada. Ela chegou a ser presa ainda acusada de participar da quadrilha de outra blogueira no Rio, formada por cinco jovens que aplicavam o mesmo golpe.
A defesa de Rayane afirma que ela se declara inocente.